12.30.2008

Entrevista De Fabriek: A fábrica de sons

Entrevista: Nuno Loureiro
Fotografia: DR
Publicação:
Vortex-Zine (12.2000)
GPInformation (15.11.2006)

Som intergeracional de Pine

Artigo: Nuno Loureiro
Fotografia: Carla Carvalho Tomás
Publicação: Jornal de Notícias (12.06.2002) . (versão online não disponível)
Courtney Pine esteve, pela primeira vez, em Portugal em 1982, durante um festival de reggae. O músico não escondeu a sua satisfação pelo “gig” de Coimbra (1º Festival 10 de Junho - ndr): “Foi óptimo!” A audiência não era muito numerosa, mas Pine não mostrou o mínimo incómodo pela situação, considerando o público de Coimbra “muito entusiasta”. “Nós tocamos com o mesmo entusiasmo, seja para muitas ou poucas pessoas”, referiu, acrescentando que o público é igualmente importante no desenvolvimento estético e sonoro dos concertos, devido ao ambiente e empatia que cria. É que, para ele, o jazz serve “para juntar as pessoas”. E como é que se juntam as pessoas? A resposta é simples: através de música intergeracional. “É possível voltar ao velho jazz com novos sons”, explicou o instrumentista, de 38 anos. Isto porque “os jovens estão a redescobrir o jazz, embora se deixem cativar mais pelo aspecto rítmico. O jazz não morreu nos anos 60”.
Pine considera, no entanto, que a tecnologia – uma marca eminentemente “branca” – não se deve sobrepor às raízes, mas sim complementá-las. “Devo tocar um som que provém da minha cultura”, concluiu.
Quanto ao futuro, e após um período de três anos sem registos, segue-se a assinatura de um contrato com a Universal. “Estamos sempre prontos a gravar, pois temos muito material e muitas ideias”, adiantou ao JN. Ficamos à espera do sucessor de “Back in the Day”.